MÁSCARAS E FANTASIAS
As máscaras de carnaval eram já usadas nas lendárias festas Dionisíacas, orgias colossais em homenagem a Dionísio, deus da metamorfose provocada pela embriaguez com o sangue da terra (o vinho), estado em que se acreditava que os humanos eram arrebatados pelo deus e transportados para o seu reino por meio do êxtase, tornando-se diferentes do que eram no mundo quotidiano. Os devotos de Dionísio caíam semidesfalecidos após a dança ritual e nesse estado acreditavam sair de si numa espécie de "mergulho" no próprio deus através do entusiasmo. Nas cerimónias para Dionísio usavam-se máscaras porque se acreditava que, assim, ele estaria presente entre as pessoas durante a festa.
A partir da Renascença, o Carnaval espalhou-se por Nice, Roma e Veneza, dando às fantasias o carácter jocoso de rebeldia e provocação às autoridades e às leis.
Fantasias e máscaras de Pã, gárgulas, ninfas, sereias, demónios, astros e feiticeiras, eram comuns.
Na Idade Média predominavam, nos festejos de Carnaval, aS batalha de confetes pelas ruas, os mascarados e as fantasias.
O baile de máscaras ganhou força e tradição no século XVI por causa do sucesso da Commedia dell'Arte.
As mais famosas máscaras eram as confeccionadas em Veneza e Florença e muito utilizadas pela nobreza do século XVIII como símbolo de sedução.